quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Temos algo a fazer sobre isso?

Gravidez precoce é rotina na América Latina
A BBC divulga em seu site um estudo realizado pela Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) segundo o qual 25% das adolescentes da América Latina foram mães antes de completar 20 anos.
De acordo com os pesquisadores, o porcentual de gravidez precoce é alto em todo o continente, mas a taxa é influenciada pelos números da Colômbia e do Brasil.
O panorama brasileiro, no entanto, apresenta leve melhora se comparado com o da década de 1990, quando o índice era de 86 em vez dos atuais 83 nascimentos para cada mil garotas com idades entre 15 e 19 anos.
A média latino-americana é de 76,2. A conclusão da comissão é que a iniciação sexual cada vez mais precoce das adolescentes não é acompanhada pelo uso de anticoncepcionais, ao contrário do que se percebe nos demais continentes.
Como conseqüência, o estudo aponta o agravamento da pobreza, já que as meninas são forçadas a interromper os estudos e não conseguem qualificação profissional.

12 comentários:

Regina disse...

Infelizmente, mesmo com
toda a informação, as adolescentes continuam engravidando. É cruel, saber que elas estão, além de engravidar, correndo sérios riscos de adquirirem doenças sexualmente transmissíveis.
Além disso, interrompem os estudos, ficam assim, sem chance de crescerem profissionalmente. Crianças são colocadas no mundo sem a menor condição
sócio-econômica, aumentando consideravelmente o nº de miseráveis nesses países.

paoladamas disse...

Acredito que a falta de políticas públicas direcionadas à família de classe média-baixa brasileira é um fator determinante para o número de casos de gravidez indesejada na adolescência, no país.
E ainda por cima temos a falta de planejamento familiar que acaba por gerar um grande problema para o estado, que já se vê saturado, e não consegue suprir as necessidades, sejam elas, alimentícias, educacionais, salutares e de renda, dessas jovens e sua “nova família”.

Kelly Russo disse...

Vocês têm toda razão: falta políticas públicas que estimulem o planejamento familiar, que aumentem a perspectiva de vida dos jovens e amplie as oportunidades de emprego.

Mas esta questão fez-me lembrar outra: a Educação Sexual pode ser um meio de se tratar do problema? Qual é a opinião de vocês?

Anônimo disse...

Acredito que a educação sexual seja uma excelente forma de se prevenir a gravidez precoce, mas acho que para ser eficaz, tem que começar a falar do assunto mais cedo nas escolas. Esperar que se chegue na adolescência para se falar em sexo, pode ser tarde demais.

paoladamas disse...

Para evitar uma gestação precoce e até mesmo doenças sexualmente transmissíveis, é preciso uma ação conjunta de pais, professores e, claro, dos maiores interessados os jovens; No entanto quando falamos em orientação sexual não podemos partir do princípio que educação sexual se limita a um mero aprendizado do corpo humano, seus órgãos e funções, o que já é englobado pelas ciências naturais, ou, o que seria pior, a querer transformar em técnica uma realidade natural, maravilhosa e complementar do ser humano como é a atividade sexual.

Priscilla Guilles disse...

Ai "Meninas" boa discussão.
Acredito q a gravidez na adolescencia n deve-se só ao incentivo da sexualidade sem pensar na camisinha. Acho q o problema é anterior a esse, o incentivo sexual, sem ou com camisinha na adolescencia para mim é trágico. No ano passado na escola onde minha mãe trabalha tinha uma "criança" de 12 anos grávida. Pode? Não pode né...isso pq o sexo está totalmente banalizado. Para mim uma menina de 12 anos ter relação sexual com o namorado n é "normal". Hoje em dia as meninas "ficam", namoram e tem relação sexual cada vez mais cedo e não pensam nas consequências talves pela imaturidade, msm com tantas informações. O apelo ao sexo está muito forte na sociedade em que vivemos. Onde isso tudo vai parar!

Creio que a educação sexual possa ajudar bastante, ter um profissonal para tratar do assunto com seriedade pode ser muito útil.

Anônimo disse...

A Educação Sexual nas escolas é parte de um conjunto de ações que visa minorar os efeitos negativos da banalização do sexo irresponsável em nossa sociedade.
Creio que muitos professores sentem-se despreparados para abordar o assunto em sala de aula; falta entender a grande importãncia do assunto no ambiente escolar e seus desdobramentos nas vidas de crianças e adolescentes,quebrar tabus é um grande passo,seguido do preparo dos professores e da parceria da escola com os pais.

Danda Rocker disse...

Sim, a Educação Sexual pode ajudar muito, mas, como diz a Priscila, o sexo de hoje está por demais banalizado. Acredito, então, que a questão está para além de fatores orgânicos e perpassam aspectos socio-culturais. Ou seja, além de oferecida na grade curricular das escolas públicas a disciplina dita acima, é preciso uma transformação radical que envolva a todos os que participam em uma sociedade.

Sandra Christina.

Unknown disse...

Acredito que a educação sexual pode sim ser um meio de tratar a gravidez precoce, pois de certa forma a adolescente terá o poder da informação, não que ela pare com a atividade sexual, mas agora tem a consciência dos riscos de uma gravidez precoce ou do ato sexual sem segurança.tchau! vanessa de sá

Anônimo disse...

Percebo que, um número considerável de jovens de comunidades populares engravidam cada vez mais cedo, e não se dão conta da responsabilidade que precisarão enfrentar e de possíveis perdas por precisarem afastar-se da escola e adiar uma preparação profissional. Aliás tenho observado que muitas dessas jovens mostram-se sem verdadeiras perspectivas e projetos nesse sentido, sem sonhos e planos. Na verdade algumas não se preocupam, inclusive acham que o bebê vai ser um boneco, um brinquedo. E boa carga da responsabilidade com relação aos bebês ficam com as avós que assumem os netos.
Isso é extremamente preocupante, pois muitos alunos que não obtém um bom rendimento escolar se enquadram nessa realidade.
A escola precisa realmente preparar-se para orientar e discutir o tema, com os alunos, mas de forma realista.

Anônimo disse...

Por incrível que possa parecer, o tema Orientação sexual faz parte do currículo, mas ainda assim para abordá-lo em algumas comunidades de forma a discutir tais questões relacionadas como gravidez, uso de preservativos como proteção para doenças sexualmente transmíssiveis e outros, é necessário a autorização escrita dos responsáveis.
Essa é a nossa realidade.

Anônimo disse...

Se realmente queremos que nossas meninas passe dos 21 anos sem se tornarem mãe temos que encarar a situação de frente e não ficarmos com esse papo de que "minha filha não namora", "minha filha já mais transaria sem me contar", elas não nos pedem essa permissão e por mais que tomemos conta um dia ou noite quem sabe? o clima esquenta e acoisa acaba rolando e quando menos esperamos nos tornamos avós e elas mães, muitas vezes sem apoio do pai da criança. Portanto é necessário que mostremos a elas (como já citei em outro comentário)fotos de mulheres dando a luz para que elas tomem conhecimento do real significado de transar, outra sujestão é que deixemos de ser moralistas e levemos nossas filhas ao ginecologista e façamos os exames necessários de modo que elas fiquem protegidas por anticoncepcionais, pois que, para mim essa história da camisinha é uma furada na hora do desespero, da pressa elas/eles não usam nada talvez uma boa forma de fazê-los parar para pensar seria uma aula com fotos de pessoas com doenças sexualmente transmissiveis, quem sabe assim elas/eles teriam um pouco menos de pressa no que diz respeito a sexo e buscariam realmente crescer, tomar consciencia de que se tornar adulto não é transar, não é fumar, nem beber ou se drogar, mas sim tomar conhecimento do seu potencial, isto é, tornasse capaz de conquistar seu espaço como pessoa na sociedade em que vive(familia,escola,trabalho)sem ter que imitar ou fazer o que os outros querem para ser aceitos, pois suas ideias, seus objetivos fazem sentido para eles e para os que estam a sua volta.