quinta-feira, 19 de junho de 2008

Fragmento de Hipertexto como ferramenta de aprendizado

"Um pouco sobre Hipertexto
A idéia de hipertexto foi enunciada pela primeira vez em 1945 por Vanevar Bush. Segundo ele, a maior parte dos sistemas de indexação e organização são artificiais. Cada item é classificado apenas sob um única rubrica, e a ordenação puramente hierárquica. Ele (Bush) diz que a mente humana não funciona desta forma, mas sim através de associações. Ou seja, o ser humano constrói o conhecimento por intermédio de forma associativa e não linear. No início dos anos 60 esse termo é pela primeira vez usado por Theodore Nelson, ele exprimiu essa idéia de escrita/leitura não linear em um sistema de informática. O hipertexto segue seis princípios que são:
Princípio da metamorfose – está em constante construção e renegociação, ou seja a qualquer momento algo pode ser modificado dependendo do usuário do hipertexto que é sempre o responsável por uma reconstrução.
Princípio da heterogeneidade – os nós e as conexões de uma rede hipertextual são heterogêneos. O processo sociotécnico colocará em jogo pessoas, grupos, artefatos, forças naturais de todos os tamanhos, com todos os tipos de associações que pudermos imaginar entre estes elementos (imagens, sons, palavras, diversas sensações, modelos).
Princípio de multiplicidade e de encaixe das escalas – qualquer nó ou conexão, quando analisado, pode revelar-se como sendo composto por toda uma rede, e assim por diante, indefinidamente, ao longo da escala dos graus de precisão.
Princípio de exterioridade – a rede não possui unidade orgânica. Seu crescimento e sua diminuição, sua composição e sua recomposição permanente dependem de um exterior indeterminado: adição de novos elementos, conexões com outras redes, excitação de elementos terminais.
Princípio de topologia – nos hipertextos, tudo funciona por proximidade. Neles, o curso dos acontecimentos é uma questão de topologia, de caminhos. Não há espaço universal homogêneo onde haja forças de ligação e separação, onde as mensagens poderiam circular livremente. Tudo que se desloca deve utilizar-se de rede hipertextual tal como ela se encontra, ou então será obrigado a modificá-la.
Princípio de mobilidade nos centros – a rede não tem centro, ou melhor, possui permanentemente diversos centros que são pontas luminosas perpetuamente móveis, saltando de um nó a outro, trazendo ao redor de si uma ramificação infinita raízes, de rizomas, finas linhas brancas esboçando por um instante um mapa qualquer com detalhes delicados, e depois correndo para desenhar mais à frente outras paisagens do sentido. "

Um comentário:

Kelly Russo disse...

Cassiane, obrigada por sua colaboração, mas lembre-se: o espaço blog tem uma linguagem e um formato também próprios. Os textos precisam ser mais curtos e no caso deste nosso blog, mais reflexivos. Aproveite o espaço para elaborar questões, novas perguntas, outros comentários, ok? Falamos mais tarde sobre o seu trabalho para o congresso. Abraço!